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Palotina desenvolve ações de apoio às mulheres vítimas de violência

  • Foto do escritor: TV PALOTINA
    TV PALOTINA
  • 6 de mar.
  • 3 min de leitura

Um Boletim Informativo divulgado pela Vigilância Socioassistencial da Secretaria Municipal de Assistência Social de Palotina apresenta dados sobre a violência contra a mulher no município. Entre 2021 e 2024, houve um aumento de aproximadamente 25% nos casos de violência doméstica, o que destaca a necessidade de intensificar as ações das políticas públicas municipais no combate a essa violação dos direitos humanos. A Secretaria de Segurança Pública do Paraná registrou 584 ocorrências de violência contra a mulher até o mês de novembro de 2024, das quais 189 foram classificadas como violência doméstica.

Dentro das políticas públicas que enfrentam a violência doméstica, a Assistência Social desempenha um papel crucial, oferecendo diferentes níveis de proteção, como a Proteção Social Básica e Especial. A Proteção Social Especial de Média Complexidade é prestada no CREAS, por meio do Serviço de Proteção e Atendimento Especializado a Famílias e Indivíduos (PAEFI). Este serviço é destinado ao atendimento de pessoas que vivenciaram ou estão enfrentando situações de ameaça ou violação de direitos, como mulheres vítimas de violência doméstica.

A Articulação entre a Delegacia e o CREAS tem se mostrado eficaz no alcance das mulheres que estão com seus direitos violados, possibilitando acesso a políticas públicas que auxiliam na sua autonomia e na superação da violência. O trabalho é realizado por uma equipe técnica do CREAS, composta por assistente social e psicóloga, que trabalham com objetivo de oferecer apoio, orientação e acompanhamento a famílias que enfrentam ameaças ou violações de direitos.

Entre janeiro e novembro de 2024, o PAEFI recebeu 168 encaminhamentos de mulheres vítimas de violência doméstica. O mês de agosto, que coincide com o mês de sensibilização e enfrentamento à violência contra a mulher, teve o maior número de registros, o que demonstra a importância de ações de sensibilização mais frequentes. Tais mobilizações devem ocorrer em diversos espaços, como grupos de mulheres, comunidades, escolas e unidades básicas de saúde. O mês de março, que celebra o Dia da Mulher, é uma oportunidade importante para reflexão e conscientização sobre o direito das mulheres de viver sem violência.

Desafios para combater à Violência

As profissionais do PAEFI apontam desafios no atendimento e acompanhamento das mulheres vítimas de violência doméstica. Dos 168 casos encaminhados ao CREAS, apenas 89 mulheres aceitaram o acompanhamento, enquanto 59 recusaram o atendimento. Entre as razões para a recusa estão a falta de compreensão sobre o objetivo do serviço, a dependência financeira do agressor, a dependência emocional, dificuldades relacionadas ao vínculo empregatício e a naturalização da violência. Além disso, muitas mulheres mudam de endereço e não comunicam a equipe, o que dificulta o acompanhamento.

Muitas vítimas apresentam relações afetivas com seus agressores e muitas vezes sentem vergonha, medo de prejudicar o agressor ou os filhos, relatam culpa por não conseguirem romper o ciclo de violência. Esse cenário leva muitas mulheres a adotar estratégias de sobrevivência, muitas vezes em detrimento de sua própria vida e bem-estar.

O CREAS oferece um espaço de acolhimento e proteção social, buscando romper com o ciclo de violência por meio de ações que coíbem a violência doméstica e ampliam a proteção social, incluindo articulação com a rede de proteção. Para que o serviço seja mais eficaz, é essencial entender a realidade das mulheres atendidas pelo serviço, levando em conta fatores como as vulnerabilidades presentes no cotidiano das vítimas, sendo carência de renda, moradia, fragilidade de vínculos familiares e comunitários e outras situações.


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